BOM HUMOR GARANTE A DIVERSÂO EM “SPACE CHIMPS”.

A piada começa logo na ficha técnica do filme: “Space Chimps – Micos no Espaço”, é o trabalho de estréia do diretor Kirk De Micco. Juro! Fora do “eixo” dominado por Pixar e DreamWorks, o desenho animado é produzido pela Vanguard Animation (de “Deu a Louca na Cinderela”), pela Odyssey (de “Valiant”) e pela estreante Starz Animation. Com resultados bastante positivos.

Uma sonda espacial envia para a Terra sinais de que poderia haver vida inteligente num planeta muito distante. Como seria perigoso enviar astronautas humanos para investigar, o comando espacial terráqueo decide mandar para o espaço uma tripulação de chimpanzés. Porém, como a intenção do governo é muito mais publicitária que científica, escolhe-se como um dos membros da tripulação o falastrão Ham III, herdeiro direto do Chimpanzé Ham, um pioneiro da conquista espacial, na época do antigo projeto Mercury. Ham III não entende nada de astronáutica, e põe em risco toda a missão. Além do que os tais alienígenas distantes podem não ser nada amigáveis com os simpáticos macaquinhos.

“Space Chimps – Micos no Espaço” tem vários elementos para agradar crianças, sem aborrecer os adultos. O ritmo cômico é dos mais satisfatórios, os personagens são carismáticos desde os primeiros momentos, e os diálogos são afiados e espertos. Tecnicamente, deixa bastante a desejar no desenvolvimento dos personagens alienígenas, mas o traço seguro dos protagonistas garantem a qualidade. Pequenas críticas políticas e algumas falas de duplo sentido também ajudarão a fazer a alegria dos papais e titios que levarem as crianças ao cinema. Estas, certamente, se prenderão mais à riqueza de cores e de movimentação.

Quem estiver de olhos e ouvidos bem abertos também poderá detectar rápidas referências aos filmes e seriados “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, “Shrek”, “Perdidos no Espaço”, “Toy Story”, “Star Trek”, “Star Wars” e “Os Eleitos”.
A produção é de Barry Sonnenfeld, conhecido diretor de “A Fam[ília Addams” e “Homens de Preto”.